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Crônicas de Redenção / M.A. Costa


 

O lançamento do livro “Crônicas de Redenção” do escritor M.A. Costa é indicado tanto para os fãs da saga Redenção, como para quem ainda não conhece a série iniciada com o livro 1 – Redenção: Legionella – mas adora um sci-fi distópico de qualidade.

A qualidade já impressiona no exemplar da edição física que dá orgulho de exibir na estante. Além do papel mais grosso e amarelado facilitarem a leitura, a arte da capa coloca o leitor no clima do enredo.

Assim como Tolkien aprofunda a experiência do universo de O Senhor dos Anéis com o excelente livro anterior, O Hobbit; “Crônicas de Redenção” faz o mesmo ao reunir oito contos referentes a trama apresentada em Legionella. Foi por esse motivo que eu optei em ler primeiro esse prequel do livro 1.

Os dois primeiros contos nos fazem refletir em como nossa época entrará na história. Da mesma maneira que a vida de uma garota normal, retratando seu cotidiano foi o relato mais pessoal e angustiante da Segunda Grande Guerra a chegar a posteridade em O Diário de Anne Frank; o autor nos apresenta por meio das gravações do jovem Heydar as narrativas da invasão de Teerã em 2312.

Por intermédio das gravações, ouvimos as consequências hediondas de uma invasão para a população. Mesmo as causas sendo justas, como as exibidas no livro, é impossível não lembrar das imagens reais dos bombardeios que testemunhamos nos jornais de hoje, com hospitais, escolas e famílias destruídas também em nome da paz. Porém, qual seria a alternativa? Permitir que um governo imponha suas crenças e modo de vida para o mundo? Ou a intervenção numa futura Teerã por Aamir Singh, o homem mais rico do mundo, seria a única alternativa?

As indagações levantadas em um mundo do futuro são as mesmas suscitadas na atualidade, incluindo a vulnerabilidade causada pela dependência tecnológica.

Ainda abordando questões que nos são caras hoje, o conto “Valker” chega a cortar o corações ao acompanhar de forma quase poética as lembranças da infância de Valker Kipsang, onde a pobreza, drogas e violência, numa guerra silenciosa, moldam sem misericórdia uma criança inocente.

Agora, o ponto alto das “Crônicas de Redenção” são os contos referentes aos Metrovinos. A saga desse povo formado após um grande terremoto no metro de Xangai, que mudará a história da humanidade, consome grande parte do livro. Sua origem, a luta pela sobrevivência e para se organizarem, embasado em uma trama complexa e bem estruturada, torna impossível largar a leitura.

O bônus ficou a cargo do primeiro conto sobre os Metrovinos que foi traduzido para o inglês no final do livro. É excelente para treinar esse idioma.

Suspense, drama e ação permeiam a escrita de M.A. Costa, provocando reflexão em cada página, fazendo com que qualquer um dos contos de “Crônicas de Redenção” fosse digno de figurar em um dos livros de Isaac Asimov – autor de Eu, Robô, entre tantos outros livros que eu admiro.


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